Em artigo divulgado na revista Science, pesquisadores da China, Estados Unidos e Brasil descreveram um material nanotecnológico que poderá ser útil na busca de fármacos e testes para diagnóstico precoce de doenças como diabetes, câncer de pâncreas, Alzheimer e Parkinson.
O trabalho, apoiado pela FAPESP, envolveu nanobastões de ouro – material já bem conhecido e utilizado na área da saúde, por exemplo, na terapia fotodinâmica contra diferentes tipos de câncer. A novidade foi combinar essas nanopartículas a peptídeos sintéticos semelhantes àqueles que, no corpo humano, formam as chamadas placas amiloides – estruturas relacionadas com o desenvolvimento de diversas doenças.
No organismo saudável, os peptídeos amiloides estão presentes como moléculas isoladas (conformação de hélice). Já em indivíduos com Alzheimer, por exemplo, esses peptídeos encontram-se agregados (conformação conhecida como folha plana), formando placas que prejudicam o funcionamento dos neurônios.