O blefaroespasmo é um transtorno de causa neurológica, que costuma surgir após os 40 anos e afeta uma a duas pessoas a cada 100 mil, principalmente as mulheres. A contração involuntária das pálpebras pode deixar a vista mais irritada, ressecada e a produção lacrimal pode ser prejudicada. Segundo o doutor Egberto Reis, neurologista do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, “este é considerado um transtorno neurológico não genético, do grupo das distonias idiopáticas, sem causa definida, em que há uma desorganização de circuitos motores que controlam os movimentos. Raramente pode estar associado ao uso de medicamentos do grupo dos antipsicóticos utilizados no tratamento de doenças psiquiátricas”.
Sua identificação não é fácil, já que pode ser confundido com problemas oftalmológicos que afetam a córnea. “O diagnóstico do blefaroespasmo é essencialmente clínico. Geralmente não se recorre a exames complementares, mas uma eletromiografia dos músculos das pálpebras pode documentar a presença das contrações involuntárias.”