Acabou sendo um estardalhaço quando, há dez dias, em um evento sobre Alzheimer na Califórnia, nos Estados Unidos, foram anunciados os primeiros resultados de uma droga capaz de agir nas placas de proteína beta-amiloide que se formam no cérebro de quem tem a doença e reduzir o declínio da cognição e da memória.
Este, aliás, é o ponto: mostrar efeito sobre a cognição e não só em exames de imagem cerebral. Isso, sim, é inédito e pode valer algum barulho.
Cá entre nós, quem convive com o Alzheimer — um dos 50 milhões de indivíduos com esse apagão nos neurônios ao redor do mundo e seus familiares — conhece a gangorra da esperança e do desapontamento como ninguém.