Dor de cabeça, poucos não têm. Todos já tivemos, um dia. Ficaram mais frequentes agora com os estresses da pandemia, e mais ainda nos pacientes com a síndrome pós-Covid, com sintomas persistentes após a cura da fase aguda da doença. A dor é maior na enxaqueca, uma forma intensa e latejante anunciada por uma “aura”: um brilho estranho na visão, um som esquisito na audição, enjoo, tonteira. Algumas estimativas avaliam que a enxaqueca atinge cerca de 20% da humanidade. Frequentemente vem associada a outras doenças, como a depressão e a epilepsia.
Não é difícil imaginar quão forte é o desgaste que a enxaqueca causa na vida e no trabalho de tantas pessoas. Cai a autoconfiança, cai o rendimento. O desafio que se coloca é o de compreender seus mecanismos para propor saídas terapêuticas e preventivas.